Um grande amor tem nome de mar, o verdadeiro de chão:


Quem nunca teve um amor infantil. Um amor juvenil que foi sendo arrastado até a maturidade como uma rede de pescador. Um amor por alguém engavetado que não vingou , mas que vingou somente nos olhares que se cruzaram. É certo falar que alguns nem sempre irão ficar com o grande amor da sua vida. Acredito que o tempo eternize determinados amores para que nunca acabem .Ficando na lembrança, nos gestos, na amizade cravada em um canto da memoria relembrando que um dia alguém foi o par perfeito. Foi travessia . Embarcação.

Grandes amores nunca vão ser vividos porque foram criados para ficarem submersos nas lajes do inconsciente. E ao saltar de dentro da gente se apavoram , deslizam como peixe. Tentar agarrar um grande amor é se embebedar com o vinho de algum Deus que vive por lá. É se machucar com as escamas das sereias. É braço que não nos cabe. Que não temos. Um grande amor é matéria do divino , coisa que mortal não consegue segurar . É baleia, golfinho bicho que a gente não consegue alcançar...

A nós mortais resta o amor de cada dia , o amor que se duvida. Que carrega bolsa que sue a camisa, trabalha junto e acorda amarrotado do lado da gente. O amor que nos ensina verdadeiramente o doce fardo de se construir uma casa sobre a terra.

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