Crônica de uma mulher que amou na alegria, e descobriu o infinito das estrelas:
"Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe."
O tempo não é só capaz de guardar, mas também de manter a brasa de um fogo aceso, iluminando a escuridão quando se encontra algo genuinamente belo.
Esbarrar em um amor numa rodoviária entre estradas e trilhos, deixa-lo seguir sentado ao seu lado sem ter ideia de que seria o único da sua vida, esta foi Tereza. Assim conheceu o amor da sua vida. Ela com dezoito, ele com vinte quatro anos. Seguiram! Ele a olhando como uma criança, ela como um desconhecido, sem nenhum interesse. Chegaram ao seu destino em oito horas de caminho. Ela iria a um casamento. Ele Deus sabia, não quis anunciar. Coincidentemente a mesma festa. O destino deu o tom. Chegaram! Ela alegre, dançando e correndo pelo quintal da casa quando de repente escutou uma voz suave e o som de um violão. Azul da cor do mar, ano de 1988, sua musica favorita. Desvendou o mar, em um olhar. Augusto era o nome. Das oito horas ao seu lado, agora mergulhavam na mesma imensidão. A estrada se cruzara. Sorrindo ele continuou, cantando amor de índio. A cerimonia do casamento começou e o quintal da casa iluminado, o clima agradável todo o tempo.
Trinta e um anos se passaram daquele encontro, Tereza não e mais menina, Augusto faleceu há seis. Mas desde aquela época viveram a mais pura amizade, fortalecida sobre o verdadeiro amor. Das estações, das cidades, rodovias, céu... Quantas memorias gravaram. Gravaram a fidelidade da felicidade enquanto estivessem neste mundo. Augusto ainda vive em Tereza. Vive, vive! Porque o mar que se ergueu sobre ela abriga uma constelação, um caminho. Um trilho, uma nascente de luz deixada pelo seu grande amigo.

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